quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ahora sí, la playa



No caminho a palavra ilha fica tão óbvia.
É possível ver a olho nú que, caminha-se sobre um feixe de terra.
Há uma água azul dos dois lados. Na verdade, um risco azul
com um contorno interno branco.
A pequena acabava de desenterrar a avó da areia.
Cansada, a senhora correu pra debaixo do guarda-sol
para devorar um dos lanches da bolsa.
De certo, pan con lechón.
Podiam agora frequentar a praia e ela assim, parecia mais colorida.
Mesclaram-se enfim, aos gringos pintados de amarelo e azul.
Tendo eles, latinos, origem em outro jogo de tintas,
trouxeram pras areias as cores da santeria e
a potência do sorriso branco
que forma sozinho uma cena p&b.
Correm pra água como quem busca o clichê da liberdade.
Dizem que ficavam às escondidas
invejando os corpos alheios que queimavam ao sol.
Eu duvido.
O mundo não tem portões para os poderosos.
Um dia, para evitar o levante, o descontentamento
ou para evitar questionamentos que teimam em ir além do permitido.
Permite-se.
Porque a mudança é necessária e as adaptações,
quando devem acontecer, acontecem.
Acontecem, inclusive, quase que naturalmente...

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